Bancos criam rede para compartilhar dados e evitar fraudes

Nove bancos se uniram para lançar uma rede Blockchain para compartilhar informações de clientes no Sistema Financeiro Nacional (SFN). São eles: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banrisul, Bradesco, Banco Original, Itaú Unibanco, JP Morgan, Santander e Sicoob.

O objetivo da rede é o compartilhamento de dados relevantes que ajudem a prevenir fraudes financeiras. A princípio, apenas serão compartilhados informações sobre o device ID dos usuários. Caso um correntista relate a perda ou roubo de um dispositivo, por exemplo, a instituição que recebeu a comunicação fará o aviso as demais instituições participantes através da Blockchain privada.

Com a comunicação entre as instituições financeiras é possível tomar medidas de seguranças para evitar fraudes, tal como: bloquear transações financeiras no dispositivo perdido/roubado; fazer com que o aplicativo envie um sinal para zerar os dados do aplicativo bancária e até uma possível desinstalação remota do APP.

De acordo com a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), a tendência é de que outras informações sejam agregadas no futuro.

O Original é o único banco digital integrante dessa blockchain privada.

De acordo com Pedro Soares, um dos responsáveis pela viabilização da tecnologia: “A rede blockchain está aberta para que outros bancos, instituições financeiras e até fintechs integrarem o sistema. Quanto mais empresas aderirem ao compartilhamento de dados para prevenir fraudes, maior será o êxito desse sistema”.

A CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos) bancou o investimento necessário para desenvolver a tecnologia para o compartilhamento do Device ID dos clientes. As funcionalidades que serão adicionadas no futuro demandarão investimentos dos próprios bancos que integram o sistema.

O device ID funciona como se fosse o “CPF” do celular, ele é uma numeração única que identifica a marca, modelo e o número daquele dispositivo em específico. Através da rede privada os bancos poderão descobrir, por exemplo, que determinada pessoa utiliza aplicativos bancários no CPF de terceiros, o que pode acender um alerta de fraude.

Um aparelho telefônico que já foi utilizado em uma fraude financeira, por exemplo, pode ser bloqueado pelos bancos.

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